Reflexão sobre o dia em que perceberam a beleza da lua

on 28 de março de 2013

Sabe o que eu acho trágico?! Hoje, SOMENTE hoje, boa parte das pessoas resolveram olhar para o céu, admirar a lua e expressar tal sentimento por meio de uma rede social. E por que isso?! Não sei. Peço desculpas por tamanha incompreensão. Todos são livres para sentir e expor qualquer coisa e a qualquer momento - antes expor algo belo do que feio. Mas me incomodou... e incomodou por algumas razões: Incomodou porque ao invés de ficar por um bom tempo observando a lua, a primeira coisa que fizeram foi correr para uma rede social para compartilhar tal sentimento. Não entendi. Ok. Também recorro as redes sociais para expressar algumas coisas e, talvez, eu esteja sendo contraditória com este “argumento”... mas como sou livre, posso falar desse incomodo, talvez alguém entenda. Ou não. Incomodou porque lá de Franca, interior de São Paulo, eu admiro o céu todos os dias quando volto a noite da academia, e, quase sempre ele está muito estrelado e com uma bela lua - seja ela minguante, crescente, nova ou cheia. Não só a noite, mas a primeira coisa que faço ao sair de casa é contemplar o céu, esteja ele com um sol raiando, esteja ele cinzento permitindo que gotículas de água caiam sobre a minha face. É isso, é exatamente isso, que me dá forças para iniciar o dia e me lembra que acima de qualquer coisa eu sou humana e tenho uma Vida. Vida com letra maiúscula, porque os compromissos que assumimos sejam pessoais, sejam profissionais são sim importantes, mas antes deles preciso retomar as coisas simples e senti-las, pois são elas que garantem a minha felicidade e sanidade. E o que eu faço?! Eu agradeço, não sei se a aquele que chamamos de “Deus”, mas agradeço por estar viva e poder saborear essas sensações: dos raios quentes, das gotas frias, do luar inebriante. Creio que todos nós deveríamos fazer isso frequentemente e perceberíamos que hoje não é o único dia com uma bela lua no céu que merece ser exposto nas redes sociais. Perceberíamos que são muitos desses dias que passam despercebidos devido ao cotidiano enlouquecedor. Digo mais: o céu, o sol, a lua e as estrelas são bonitos todos os dias, só cabe a nós sabermos admirar a beleza sob ângulos diferentes. Talvez assim nossa vivência ficasse mais suave, pois quem pode dizer que não é belo viver sob um céu iluminado?! p.s.: Posso estar muito enganada. Talvez as pessoas façam o mesmo que eu e hoje, randomicamente, a maioria resolveu postar ao mesmo tempo sobre a beleza da lua. Se for isso, já me adianto com um pedido de desculpas.

Somos seres humanos, somos carentes de amor

on 19 de março de 2013

Nos últimos tempos tenho testemunhado uma série de situações as quais me levaram a refletir sobre a essência humana: o amor. Não raro em nossas relações interpessoais sejam elas um namoro, uma amizade, uma relação entre pais e filhos ou entre empregador e empregado, seja uma relação forçada entre pessoas que não são afins; não raro nessas relações o que é fundamentalmente levado em consideração é aquela vestimenta social que o indivíduo coloca para sair e para entrar em casa; aquela vestimenta que representa o seu papel na sociedade: ser namorado (a), ser amigo (a), ser filho ou pai, ser um desafeto. O essencial é deixado de lado ou até mesmo esquecido - o fato que somos todos seres humanos, que somos todos iguais e carentes de amor. As vezes, é preciso olvidar-nos das nossas “funções sociais” e, simplesmente, encarar-nos como seres humanos. Seres humanos permeados por fragilidades, imperfeições e sentimentos. Precisamos lembrar que ao mesmo tempo em que estamos em um momento de crise, o nosso semelhante pode estar passando pelo mesmo infortúnio e precisando da mesma atenção que reclamamos para nós. Devemos colocar o nosso individualismo em um segundo plano e tentar ler a alma do nosso semelhante para compreendermos suas aflições e buscarmos no nosso interior uma forma de amenizar esse sentimento. Não é difícil, basta pensarmos da seguinte maneira: O que nós gostaríamos de ouvir/ o que gostaríamos que fizessem por nós caso estivéssemos passando por essa determinada situação?! Claro, não resolveremos os problemas, mas, com certeza seremos tão bem vindos como um afago nos cabelos. Por fim, analogamente aos momentos de felicidade, porque não basta compreender a tristeza, precisamos saber reconhecer o mérito de uma vitória e compartilhar dessa alegria.

A guardiã do brilho das estrelas

on 12 de março de 2013

Sem grandes explicações prevalecendo a única certeza que quando duas pessoas estão destinadas a se encontrar isso ocorrerá, de uma forma ou de outra, nesta vida ou em outra. Sem grandes lamentações por este encontro, por vezes, se dar de forma dessincronizada, como se um caminhasse para um lado e o outro para outro, se reencontrando como no símbolo do infinito quando as linhas se cruzam unicamente no centro, mas em um movimento uniforme. Sem grandes expectativas porque é certo que encontrar equivalência espiritual é como achar um tesouro perdido. Sem medo porque há quem acredite em coincidências, há quem acredite em pré-destinação e há aqueles que acreditam que caso você esteja cumprindo a sua missão, o seu livre-arbítrio, mesmo recebendo sopros de paixões e vícios terrenos, te guiará para os melhores caminhos a serem descobertos. E também há aqueles que não acreditam em “nada”, neste caso resta respeitar, mas não perder tempo e palavras tentando persuadi-los de algo. Uma menina daquelas que tem um brilho especial, mas que em certo momento passava por algumas dificuldades, recebeu estrelas de Deus para guardar em um potinho. Deus disse para que ela não deixasse as estrelas fugir, mas que ela deveria desfrutar dos raios brilhantes e permitir que aqueles que os vissem também pudessem experimentar. As estrelinhas transmitiam uma incrível energia positiva. A menina não se surpreendeu, apenas passou a ter mais fé quando um dos anjos que já havia passado pela sua vida, apareceu novamente atraído pelas faíscas brilhantes dentro de um dos vários frascos da sua casa. O anjo experimentou aquela energia e a menina pode perceber que ela foi um instrumento... aquele anjo era muito bom para ela, mas Deus não tinha como recarregar as energias do filho alado, porque ele havia deixado o céu há muito tempo, desta forma, sutilmente, ele usou a menina que estava mais próxima de sua casa. Como sempre, o anjo foi embora, desta vez renovado, porque a menina já estava bem. Estava bem por saber que cumpria a sua missão, estava bem por transmitir o seu brilho, estava bem por saber que o seu anjo continuará fortemente zelando por ela, a guardiã do brilho das estrelas.