Uma doença, uma solução.

on 20 de setembro de 2011

E novamente uma doença me derrubou por alguns momentos me tirando da minha rotina louca e estressante.
Precisei faltar no cursinho, no estágio e na academia. Precisei reaprender a ficar quietinha em casa com os meus pensamentos e com o barulho da televisão. Precisei abrir aquela caixa de chá que comprei há meses e ainda não tinha usado por falta de tempo. Precisei ligar para casa e contar as novidades da última semana.
Por alguns momentos, acho que voltei a ser “normal”. Tive um pouco do “ócio”.

Percebi que uma paixão se tornou um bom amigo. E percebi que uma nova pessoa que nunca tinha visto antes se tornou, em pouquíssimos dias, uma paixão. Percebi que a paixão passa assim como uma vela dura poucos momentos depois de acesa. E percebi que a amizade é muito mais importante do que qualquer paixão boba e louca por aí.
Percebi que tenho muitos planos. Percebi que preciso me organizar melhor. Percebi que preciso dar mais atenção as pessoas que eu amo. Percebi que tenho pouco tempo para fazer meu projeto de mestrado que vai determinar todo o próximo ano.
Percebi que passar em um concurso público, constituir família, morar no interior e ter um restaurante é pouco. Percebi que agora eu quero crescer como ser humano, desenvolver todas as minhas competências e potencialidades. Percebi que eu posso fazer a diferença. Eu já sou diferente.
Percebi que preciso ficar mais tempo sem fazer nada para perceber as coisas a minha volta. Terminando todos os compromissos que já assumi, vou ficar um bom tempo sem assumir outros compromissos. Preciso deste tempo para refletir. Para me redescobrir. Estou com uma sede maluca de saber o que faz os meus olhos brilharem.
Minha inspiração vem do céu. Daquela sensação gostosa que sentimos quando acordamos e vimos um sol brilhando, ao mesmo tempo em que a pele começa a arrepiar enquanto esquenta. Da mesma forma, quando sinto aquela brisa noturna bater na minha face ao olhar para pontinhos brilhantes naquela imensa colcha escura que é o céu noturno.
Sei que quando tiver o meu sonho realizado sentirei estas duas sensações o tempo todo durante todo o tempo. Por hora, me resta sair em busca do que é o meu sonho. E depois, simplesmente, realizá-lo.

10 minutos no fundo do poço

on 8 de setembro de 2011

Cheguei no fundo poço e, desta vez, soube exatamente como sair de lá. Foi bem simples para falar a verdade, já tinha vivido esta experiência. Alias, o meu fundo do poço durou 10 minutos de reflexão há duas noites atrás.
Agora estou aqui na aula de Direitos Humanos do cursinho, estudando estatutos, tribunais internacionais e blá blá blá. Não consigo prestar atenção na aula porque preciso escrever sobre este tal fundo do poço. E outra...sei que sou perfeitamente capaz de estudar tal matéria em casa, qnd quiser, qnd puder, qnd estiver afim.
Pois bem, voltemos ao fundo do poço.
Com este final de curso todo conturbado e delicioso em cada pequeno detalhe desesperador e apaixonante, eu percebi que me tornei a pessoa que desejava ser há algum tempo atrás.
Conquistei tudo o que eu queria durante a faculdade de direito. Muitos planos ainda estão em execução e dão um tremendo trabalho. Contudo, não estou feliz com isso tudo. É pouco. Quero mais. E daí volto a um texto bem antigo onde falo da minha eterna insatisfação.

Triste, viu?! Já almejo outras coisas, outras pessoas, outras vivências. Sei que vou alcançar, assim como alcancei este momento que um dia já foi sonhado. E isso foi o suficiente para me tirar do tal fundo poço: a certeza que um dia vou viver tudo o que eu sonho agora. O grande problema é que o nosso tempo é bem diferente do tempo do mundo, então, quando finalmente agarramos o que almejamos no passado, isso já não mais nos satisfaz, isso já não tem a mínima “graça”...
Dileminha chato esse. E por isso, resolvi parar de planejar e querer. Uma pequena experiência. Farei isso por algumas semanas, depois conto o que aconteceu. Talvez assim quando eu alcançar alguma coisa eu ainda não esteja cansada destas idéias. Talvez seja algo novo e eu me surpreenda. Quem sabe?
Então parei. Não planejo, não sonho, não desejo, não quero. Vou simplesmente viver um dia de cada vez e ver o que acontece.