Uma constatação

on 17 de março de 2011

A janelinha do msn laranja, piscante salta na barra inferior do Windows.
Um sentimento misto de felicidade, curiosidade e tristeza.
Sabe quando você chega em casa, está se sentindo carente e cansado e o seu cachorro vem correndo alegremente te dar as boas vindas?
E você resolve se enfiar debaixo das cobertas com pipoca, refrigerante e chocolate e fica fazendo carinho no animalzinho de estimação enquanto assiste a um filme?
E daí no dia seguinte... você chega em casa novamente, mas desta vez com mau humor e xinga o universo, esquece da existência do seu amiguinho, deixa-o de lado, não alimenta, ou pior ainda, dá um safanão?
E o cachorro não “aprende”... continua ali alegre e babão com a sua simples presença. Esquisito, não?! Relutante, eu aprendi.

on 15 de março de 2011

São 1h50 da manhã.
Meus olhos e minhas costas doem.
Encaro injuriada a minha barriga que cresce.
Não, não estou grávida. É comida e ansiedade mesmo.
Bocejo, estudei, mas não o suficiente.
Nem perto do suficiente, já não sei mais quanto é o suficiente.
Meu corpo não me obedece mais e já não tenho controle sobre as minhas vontades.
As formigas insistem em me importunar e eu insisto em matá-las com todo o ódio e frustração que venho acumulando.
As aulas da faculdade não são mais interessantes.
As pessoas não são mais dignas de qualquer tipo de atenção.
Tenho outros interesses, muito maiores e melhores.
É um individualismo e egoísmo feio e sem fim.
A tv já não me chama mais a atenção, é a canção de ninar para eu dormir fora do horário.
A internet me faz perder mais tempo do que devia num acumulo de cultura inútil.
Os livros ainda me fascinam, mas os seus tamanhos desestimulam.
Enfim, já não sei mais...


Bonne nuit...

Alheia

on 6 de março de 2011

[...]
Enquanto isso...em pleno feriado de Carnaval não pude conter o meu desejo de escrever sobre a minha atual situação indiferente frente a esta festa que pára todo o Brasil, como se todos os problemas fossem esquecidos ou como se eles jamais tivessem existido.
De forma particular, sempre gostei muito de Carnaval e de fantasias e de escolas de samba. Tive alguns carnvais bons, outros ruins, ainda não consegui “O Carnaval”, mas em futuro próximo eu o terei.
Poderia, neste exato momento, estar num rancho de uma amiga numa cidade do interior onde o carnaval é animado, poderia estar no Sul de Minas -dispensa comentário -, poderia estar descansando na minha cidade natal.... Mas não. Estou na cidade onde estudo lendo súmulas do STF de madrugada. Opção. No mínimo, estranha, curiosa, doentia.
Nunca me senti tão alheia ao mundo como neste momento, mas também nunca coloquei tanto assuntos da faculdade e profissionais a frente de todo o resto da minha vida pessoal. Hoje, por várias vezes, não atendi ao telefone, pois não queria me desfocar. Sabia que qualquer tipo de conversa, fosse com a minha família, fosse com amigos, me distrairiam, me fariam pensar, me preocupariam.
Não que eu não tenha me distraído com a internet e com a televisão que resolvi ligar no horário do jantar.
Em ultima analise, essa prioridade por assuntos técnicos é uma forma de me desligar de tudo que exija emoção, reflexoes profundas e um dispêndio de sentimentos.
Se serei ou não bem sucedida em algumas ambições de cunho profissional que estão por vir, eu não sei. Sei que inútil não terá sido todo o estudo e esforço, provavelmente terão outra utilidade.
Diferentemente de bebedeiras de carnaval, beijos perdidos, dignidade esquecida e por que não tempo perdido? Sim, uma festa bacana, mas tempo perdido quando existem outros sonhos em jogo.