Quando eu deixar Franca...Vou sentir falta...

on 30 de junho de 2013

De comer toda semana uns 2 bombons da DESEJO E SABOR – meus preferidos: camafeu e de morango; Do café do SEU ELI – cantineiro da UNESP; Da coxinha com suco de laranja do RAINHA – lanchonete universitária próxima a UNESP; Do capuccino gelado com chantilly do SR. CAFÉ na Praça Barão; Da ESTRELA: do café da manhã self-service, do capuccino quente com chantilly, do omelete de claras com ricota e peito de peru, do pão na chapa sem prensar e do lanche Persus, do patê de frango com cenoura e do de atum com ricota, do pão de mel, das luas-de-mel, dos mini-bolos de nozes e cenoura e da Ana-carolina de limão; Do ARROZ COM FEIJÃO e sua marmitex super generosa de 10 reais. De almoçar lá e comer risoto de limão siciliano, salmão com alcaparras ou molho de maracujá,da diversidade de saladas fresquinhas e bem preparadas, do picadinho de filé a quatro queijos; Do ESPAÇO VIDA E SAÚDE da HERBALIFE pertinho de casa; Do TEMPERO E BRASA concorrente do ARROZ COM FEIJÃO onde todos iam almoçar após uma festa de sábado e a fofoca corria solta; DO ALECRIM restaurante vegetariano super criativo e aconchegante; Do filé JK a meia-luz no BARÃO; Do BUTECO DO LÚ: das festas durante a semana, da feijoada de sábado, do rodízio de comida de buteco e das porções de cenoura; Da SAPATARIA DA PIZZA: a melhor pizza de panela, principalmente, da pizza de filé; Do PASTEL DO LÚ: o melhor pastel de carne seca com queijo de todos os tempos, do rodízio de pastel; Da FEIRA: do pastel da barraca do japonês, da água de coco, da garapa, da barraca de doces caseiros e da barraca do “Pague 10 e leve 7 sacos de legumes” Do GASPARINI e do comercial de pamergiana com batata fritas; Do BISTRO RETRO: do ambiente, das comidinhas mais gostosas e baratas da cidade; DO FISH e tudo o que tem lá que nos acompanha desde os primeiros anos da faculdade; Do POSTO GALO BRANCO que tem tudo e mais um pouco; Dos caldos (principalmente o de quatro queijos e a canja) do CITY POSTO; Do torresmo do bar CARETTA; Das festas UNESPIANAS; De estudar na biblioteca da UNESP; De ser conhecida pelo nome e bem tratada em boa parte desses lugares... Do FENG e seus temakis gigantes; De morar numa casa super fofa e bem localizada no centro de Franca, ao lado: a ) da PÃO NOSSO – padaria que tem os melhores salgadinhos de festa a um preço super justo, o pão mais fresquinho e saboroso, o pão de mel mais sublime e uma rosca de chocolate deliciosa; b) de uma loja de produtos natural - NATURAL E DIET; c) do salão de beleza onde sou cliente – EUDES BELEZA E ESTÉTICA; d) de um ponto de ônibus; e) de um XEROX barato; f) da academia que frequento há anos – ATLANTA; Conforme eu for lembrando, eu edito o documento. Não falo em amigos, porque estes estão no coração e nos acompanham em todos os lugares...

Reflexão adolescente sobre a cena da novela

on 28 de junho de 2013

Sim, de vez em quando, eu vejo novela. Hoje vi uma cena mais ou menos assim: dois amigos estavam sentados em uma mesa do bar conversando sobre paquera. Eis que entra uma ruiva bonita e um tanto sensual, um dos indivíduos lança imediatamente um olhar voluptuoso para o corpo da moça e diz ao amigo que vai “garantir” a noite. O indivíduo se aproxima da moça com um “ar maioral” e a aborda de uma forma, no mínimo, prepotente, se achando “o lindo” e antes que ela pudesse abrir a boca ele diz arrogantemente que vai “fazer um favor a ela e passar o número do telefone”. Uma cena a mais, uma a menos, uma grosseria a mais e outra a menos, ela simplesmente dá um fora no sujeito acompanhado de um banho de cerveja. Ao que o indivíduo reage gritando para todo o bar: CABELO VERMELHO DO DEMÔNIO, ENFERMEIRA DO INFERNO!!! Nisso eu lembrei que durante a adolescência/faculdade passei por algumas situações semelhantes aonde o indivíduo chegava elogiando da ponta do meu cabelo a unha do pé e até a beleza da minha alma. Ao ouvir um “não”, simplesmente dizia frases como “ah vc nem é tudo isso” ou “nem queria mesmo”. Sério mesmo que os homens pensam que vão conquistar as mulheres com frases e atitudes machistas e prepotentes?! HOMENS aprendam a abordar as mulheres e aprendam a levar “foras” com dignidade. As mulheres podem até ser maioria no mundo, mas o mundo está cada vez mais gay. Então, não pensem que tem mulher sobrando por aí... Com atitudes assim, o máximo que vocês vão conseguir são mulheres submissas, interesseiras, burras e que aceitam ser alvo de grosserias. Bom, talvez seja isso mesmo que vocês queiram né... Mas caso não seja, não tenham atitudes como as exemplificadas acima.

Um roxo na perna e um coração despedaçado

on 11 de junho de 2013

Aquelas 29 crianças não me deixaram dormir. Foi impossível deitar a cabeça no travesseiro e não ouvir a algazarra. Há quase um mês fui convidada pelo grupo de ensino, pesquisa e extensão do qual participo para dar duas oficinas sobre bullying (tema da minha iniciação científica junto a FAPESP e, consequentemente, do meu TCC) para os professores da rede pública de uma determinada escola. Deu um friozinho na barriga, mas aceitei, afinal do que adianta estudar e pesquisar e não colocar nada disso em prática?! A oficina será no 2º semestre. Eu adoro crianças, já trabalhei algumas vezes com elas e é sempre um novo aprendizado. É sempre uma experiência diferente. É sempre apaixonante e instigador. Para poder conversar “adequadamente” com os professores daqui há uns meses resolvi acompanhar a oficina sobre bullying que duas colegas ainda da graduação dariam para os alunos da 6ª série da mesma escola. O material preparado pelas meninas estava ótimo e, teoricamente, era para eu ser um sujeito passivo e observador, mas, chegou um momento que foi impossível não intervir. Deixando de lado como se desenvolveu a oficina, pois este não é o ponto deste texto... eu não consegui dormir e comecei a pensar: COMO fazer aquelas crianças se interessarem pelo tema? COMO fazer aquelas crianças se respeitarem? COMO fazer aquelas crianças ficarem em silêncio por 10 segundos e ouvirem algo? COMO fazer elas participarem? COMO fazer elas pararem de bater uns nos outros? COMO e COMO e COMO??? Estabelecer uma moeda de troca? Fazer dinâmicas em roda? Dividir em pequenos grupos com um “maior responsável”? Perguntas que, talvez, nem um pedagogo ou um professor experiente responda, porque se respondesse a educação no Brasil não estaria neste estado. É clichê falar que falta investimento na educação e, realmente falta, mas não é interesse do nosso sistema que todos recebam educação de qualidade. E, neste sentido, ouvimos professores desacreditados e cansados falando que “educação não é o caminho”. Se educação não é o caminho, qual é o caminho então? As respostas que possivelmente respondem a essa pergunta me assustam. Me senti uma tremenda irresponsável, pois para conseguir me aproximar das crianças conversei sobre a vida pessoal delas...perguntas desde “quantos anos você tem” até o “que você quer ser quando crescer”. Conversei principalmente com as meninas as quais me fizeram várias vezes a seguinte pergunta: “Quando você volta?!”; “Amanhã você estará aqui de novo?!” “Volta!!!” Ou ainda: “Tia, você gosta de dançar funk?!”; “Sabe fazer quadradinho de 8?!” Tentei estabelecer diálogo com os meninos mais arteiros e passei a compreender um pouco deles... Se você senta e conversa com eles, eles param a algazarra e conversam com você. O que falta é atenção e afeto pelo próximo. É triste, é muito triste você ver que são várias as crianças já na 6ª série que mal sabem escrever e, por isso, muitas vezes ficam intimidadas de participar de determinadas atividades. É uma realidade que poucas pessoas conhecem e com a qual eu tive contato algumas vezes, mas, vezes o suficiente para não me deixar encostar a cabeça no travesseiro e dormir. Me senti uma tremenda irresponsável, porque não sei quando voltarei lá para ver essas crianças de novo e, é claro, é cristalino, é óbvio que o que elas precisam é de atenção e alguém que “goste” delas, porque é claro que dentro de casa elas não tem e, muito menos, na escola. A maior parte das crianças é proveniente de famílias desestruturadas, pais drogados, presos, mães prostitutas etc. Ouvi histórias de arrepiar, mas que eu não quero e não posso reproduzir. Qual o ponto em você entrar na vida dessas crianças por 2 horas e “abandona-las”/nunca mais voltar/voltar depois de meses?! Desenvolver o projeto de extensão da faculdade?! Tentar mudar uma realidade de anos em 120 minutos?! Eu acho que mexer com vidas é algo bem maior e precisamos nos atentar a isso. Talvez, seja um “problema” meu que me apego facilmente, talvez não, talvez eu só esteja olhando a situação com uma sensibilidade maior, talvez eu não esteja preparada para esse tipo de trabalho voluntário... bom, não sei, fica a seu cargo leitor formar uma opinião. Ah...o ROXO NA PERNA foi porque um aluno jogou uma carteira e ela tombou bem na hora que eu estava passando na sala de aula. Eu vi que ele não percebeu, foi eu que estava desatenta com todo aquele contexto. O CORAÇÃO DESPEDAÇADO... é porque eu me senti impotente frente a “possível impossibilidade” de mudança daquelas crianças. Sim, eu estou triste e querendo abraçar cada uma delas e falar “Olha, não é bem assim, as coisas podem ser melhores, ok?” O CORAÇÃO DESPEDAÇADO... também é porque eu vi professores desacreditados. Eles são os únicos que não poderiam estar assim e eu sei que a culpa não é deles. É do nosso governo, são das famílias, é do meio social como um todo. Não consegui expressar metade do que eu queria aqui, nem metade do que aconteceu durante essas duas horas de oficina, não consegui expressar metade do que eu pensei, nem metade do que eu gostaria de escrever, porque é “simplesmente difícil” demais. É difícil tratar de algo que os livros não te ensinam, é difícil tratar de algo que foge totalmente do seu controle. Deixo este texto como um início de reflexão para todos... A única certeza que eu tenho é que NÃO PODEMOS DESISTIR DAS NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES. NÃO PODEMOS. p.s.: Desconsiderem eventuais erros de português, estou muito cansada e escrevi tudo isso tentando esvaziar um pouco a minha cabeça para tentar dormir. Egoísta, mas, talvez, por um bom motivo.