Meu hoje não é o amanhã

on 17 de maio de 2008

Começo a postar neste blogger hoje. Este não é o primeiro texto que gostaria que estivesse aqui, porém foi o que me encorajou a tornar público meus escritos. Este um tanto quanto pessoal. No geral meus poemas e textos costumam tratar de temas diversos, assim como a suas formas aleatórias.


Depois de um dia de cão, uma última palestra e uma última aula vem a calhar. O palestrante começa a explanar sobre a celeuma moral x ética e o professor sobre o tempo e capacidade de projeção. Me deparo com a frase de Ortega y Gasset (1883-1955) "Eu sou eu e minhas circuntâncias". Nada mais propício para um momento onde não há mais chão. De forma inesperada as pessoas falavam, me chamavam, eu ouvia, no entanto não conseguia me mecher e nem ao menos responder. Amigos e um desconhecido me levaram até um táxi, mais parecia com um caixão confortável, cheguei em casa e dormi. Acordei. Até entao estou refletindo sobre essas noites, nas quais irresponsavelmente os jovens, em pequenas parcelas, destroem seus corpos, na vã ilusão de que estão felizes, se divertindo, arrasando e conquistando corações, quando na verdade estão fugindo de problemas, tirando umas horinhas de folga e torrando dinheiro. Experiência própria. Futilidade. Exposicao demasiada da própria imagem. Sonho de que as pessoas são boas e não te julgaram, assim como você não o fará. Princípios e valores individuais violados. Sujeito aos próprios desejos. Deito a cabeça no travesseiro e ele é meu juiz. Rezo acreditando que os outros dias serão diferentes e realmente o são. Como dizia um dos principais filósofos do direito, Paulo de Tarso, " Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém". Queria eu um contrato para a minha vida, onde estivesse quase tudo delimitado, onde as normas e regras de conduta fossem reguladas de acordo com o tempo. Isso apenas porque o tempo é incerto e tal incerteza dá margem a probabilidades. Frente a estas não há estratégia anterior que me permita agir corretamente no acaso. O futuro é produzido, não há como antecipá-lo nem com cálculos matemáticos de projeção. " Estamos construindo hoje o futuro, só saberemos disso amanhã", escreveu João Cabral de Melo Neto. Tal conflito, tal texto só se deve à um fato que se desencadeia e se relaciona com todos os outros pensamentos humanos, o fato de que o tempo nos impõe uma estrutura conservadora, o tempo é conservador. Assim nossas decisões são tomadas de acordo com as coisas com as quais estamos familiarizados, de acordo com as escolhas da média do seu próprio meio. Esse é o problema, o meio. Aos poucos ocorre uma metamorfose invisível...
Termino este texto sem uma conclusão e insatisfeita, pois não sei até onde chegaria. Como em outras circunstâncias comecei em um ponto e terminei em outro, ou não terminei. Creio que o assunto não deva ser pontuado e que provavelmente nem haja como, já que se houvesse não seria um conflito.

2 comentários:

Senta Que Lá Vem História disse...

hummm...quem vê pensa que vc é séria hahahaha =D
ficou legal o texto ju, vc tá escrevendo bem pra caramba, a forma tá perfeito
não gostei de algumas idéias, mas depois a gente discute isso
bjão!!

Serelepe disse...

Que bom que vc começou tb!! E muito legal escrever, as vezes a gente se surpreende com algumas ideias!!
Te adoro linda!
E não apaguei naum!!

;***