Quando você se sente só

on 13 de fevereiro de 2009

Há apenas um remédio para as horas em que você se sente só. O tempo. Nosso velho amigo que se passa por inimigo, pois o repudiamos mais do que qualquer outra coisa. Com o tempo, seja um dia, seja um mês você aprende a olhar para dentro de si e redescobrir quem você, de fato, é. Aquela pessoa que com a correria do dia a dia, na convivência com as mesmas pessoas, família, amigos e namorado, acabou não tendo tempo de ser ela mesma, acabou esquecendo de viver.
Não é por mal, pessoas como eu, querem sempre o bem estar daquelas outras que estão por perto e acabam se tornando egoístas ao pensar que só elas podem proporcionar isso. E quando essas pessoas te deixam, "não ligam" para a sua preocupação, você se sente só.
Mas é exatamente neste ponto que você acorda e vê que está servindo à pessoa errada, à pessoa que não precisa de tanto cuidados. E você acorda e dói. Dói porque olhando o mundo a sua volta você vê quantas pessoas distantes precisam do seu carinho, do seu consolo, simplesmente da sua presença, enquanto outros a desperdiçam. Você vê que serviu demasiadamente aos próximos e não são estes que precisam. São os que estão distantes, aqueles que você desconhece, aqueles que você não sabe o nome, aqueles que estão morrendo, aqueles que não conseguem atravessar uma rua. Aí você vê que não está sozinho, que não é único. Você percebe que não é exclusividade sua sofrer, chorar e gritar de desespero. Percebe que seu sofrimento não deve ser diminuído por ser causado por algo, talvez, não tão significante no senso comum, mas se fez você sofrer...é importante sim. As dores são diferentes, mas todas merecem uma devida atenção. Assim como gosto, dor não se discute. Se conversa.
O que todos falam a respeito de se sentir sozinho..."faça algo diferente, vá a algum lugar onde nunca foi, leia um livro, veja um filme, coma algo diferente" Essas coisas até adiantam por algum tempo e nas primeiras crises, mas olhar para você mesmo, ajudar quem você não conhece, fazer novos planos, mudar o seu jeito imbecil de ser, acreditar em alguma coisa, ocupar todo o seu tempo, mesmo que com coisas "inúteis" como limpar o fio do telefone, adiantam muito mais.
Não digo que superei, ainda me sinto sozinha mesmo que eu esteja acompanhada. Talvez seja caso de procurar uns médicos, mas já me resolvi tantas vezes, que me acho forte o suficiente para fazê-lo novamente. E a melhor terapia para este problema é escrever, escrever muito. O papel aceita tudo, as pessoas não. Então escreva tudo o que você sente, ao invés de sair falando para quem não vai te ouvir ou vai ganhar dinheiro com isso.
Seja você mesmo, doa quem doer, faça o bem e espere...
Como eu sempre digo, desde que comecei a escrever... sou uma eterna insatisfeita, sempre querendo mais, se me acomodo: crise. Segundo a interpretação de Allan Kardec "a felicidade não é desse mundo". Essa é a justificativa para tanta insatisfação, essa busca incessante por algo que não existe aqui.
Boa noite.

2 comentários:

Felipe disse...

Não digo que superei, ainda me sinto sozinha mesmo que eu esteja acompanhada. Talvez seja caso de procurar uns médicos, mas já me resolvi tantas vezes, que me acho forte o suficiente para fazê-lo novamente. E a melhor terapia para este problema é escrever, escrever muito. O papel aceita tudo, as pessoas não.

Seja você mesmo, doa quem doer, faça o bem e espere...

Segundo a interpretação de Allan Kardec "a felicidade não é desse mundo". Essa é a justificativa para tanta insatisfação, essa busca incessante por algo que não existe aqui.

Acho que suas palavras falam mais e melhor do que as minhas. Só acho um desperdício a gente estudar na mesma faculdade, morar nas mesmas 2 cidades, frequentas as mesmas festas moquifentas e raramente se falar.

Beijos.

Aleksia Santos disse...

mtt lindo *-*