Reativando graças a Vinicius de Moraes

on 17 de novembro de 2010

Comecei a escrever cedo. Aos dez anos, se não me falha a memória. Diários, blogs, poemas, redaçõezinhas escolares e declarações amorosas bobas, sem sentido algum. Alias, isso é um pleonasmo.
Hoje escrevo artigos. Artigos para a faculdade e para um grupo de pesquisa do qual eu participo. Contudo, aquela escrita lúdica, sempre acabo abandonando. E sempre, por algum motivo, ela volta a me cutucar, a querer sair. Dá para perceber pelo abandono do blog. E eu só percebi, quando hoje me cansei do pc, da tv, de tudo que a modernidade nos proporciona. Peguei um livro e fui dormir. Era a antologia poética de Vinicius de Moraes...eis que a vontade de escrever desperta. Desperta, pobre e fraca, pois desacostumei de sentir e conseguir traduzir em palavras. Papel e caneta. E agora aqui, reativando o blogger.
E foi aí que percebi, que o que sentia era uma cegueira. Cegueira causada por uns olhos aí.
Me senti devorada por uma boca...que boca.
Um cheiro de suor, com perfume e sabonete...alucinante.
Corpo quente, corpo gelado. Uma fusão maluca e profana de sentidos.
Palavras sem sentido. Melhor assim. Quando não há entendimento de nada.
E agora?! Acordo. Acordo para a realidade. E não há nada melhor do que a rotina tumultuada para esquecer todo esse sonho. Nada melhor do que tomar várias com os amigos. Nada melhor do que o sono meu, o sono meu, para sonhar novamente, acordar, esquecer e poder me dar ao luxo de sonhar outra vez.

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