10 minutos no fundo do poço

on 8 de setembro de 2011

Cheguei no fundo poço e, desta vez, soube exatamente como sair de lá. Foi bem simples para falar a verdade, já tinha vivido esta experiência. Alias, o meu fundo do poço durou 10 minutos de reflexão há duas noites atrás.
Agora estou aqui na aula de Direitos Humanos do cursinho, estudando estatutos, tribunais internacionais e blá blá blá. Não consigo prestar atenção na aula porque preciso escrever sobre este tal fundo do poço. E outra...sei que sou perfeitamente capaz de estudar tal matéria em casa, qnd quiser, qnd puder, qnd estiver afim.
Pois bem, voltemos ao fundo do poço.
Com este final de curso todo conturbado e delicioso em cada pequeno detalhe desesperador e apaixonante, eu percebi que me tornei a pessoa que desejava ser há algum tempo atrás.
Conquistei tudo o que eu queria durante a faculdade de direito. Muitos planos ainda estão em execução e dão um tremendo trabalho. Contudo, não estou feliz com isso tudo. É pouco. Quero mais. E daí volto a um texto bem antigo onde falo da minha eterna insatisfação.

Triste, viu?! Já almejo outras coisas, outras pessoas, outras vivências. Sei que vou alcançar, assim como alcancei este momento que um dia já foi sonhado. E isso foi o suficiente para me tirar do tal fundo poço: a certeza que um dia vou viver tudo o que eu sonho agora. O grande problema é que o nosso tempo é bem diferente do tempo do mundo, então, quando finalmente agarramos o que almejamos no passado, isso já não mais nos satisfaz, isso já não tem a mínima “graça”...
Dileminha chato esse. E por isso, resolvi parar de planejar e querer. Uma pequena experiência. Farei isso por algumas semanas, depois conto o que aconteceu. Talvez assim quando eu alcançar alguma coisa eu ainda não esteja cansada destas idéias. Talvez seja algo novo e eu me surpreenda. Quem sabe?
Então parei. Não planejo, não sonho, não desejo, não quero. Vou simplesmente viver um dia de cada vez e ver o que acontece.

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