E o cheiro dos estalinhos me lembrou os tempos de infância. A noite chegou e junto com ela muitas lembranças. O meu coração batia docemente embriagado, loucamente apaixonado na mesma velocidade em que se podia ouvir os estalos. Cheiro de algodão doce e churros e os barulhos me lembraram as incontáveis férias que passei no interior de MG, as incontáveis noites que passei na companhia dos meus pais nas praças das cidadezinhas. Crianças correndo para lá e para cá, casais namorando nos bancos de concreto da praça, o verde escuro e úmido das árvores do jardim, os hippies vendendo seus artesanatos e a catedral grande e imponente na beira da pracinha. Os minutos passavam, a noite chegava, olhava no relógio e implorava para que me comprassem mais uma caixinha de estalinho para jogar nos pés das moças bonitas e dos rapazes desatentos. Corria, cantava, gritava me equilibrava de braços bem abertos na sarjeta e nos murinhos que cercavam os jardins. Agradeci aos céus por poder, depois de um dia não tão comum como todos os outros, me recordar destas sutilezas tão lindas, doces e infantis.
Sono meu...
Onde o sonho e a realidade se entrelaçam para dançar ao som da mesma música.
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